PSA Sines alerta para "consequências financeiras graves" de greve no Terminal XXI
A PSA Sines alertou hoje para as “consequências financeiras graves” da greve parcial em curso no Terminal XXI do Porto de Sines, com perda de volumes e impacto nas centenas de postos de trabalho.

Foto: DR
Em comunicado divulgado hoje, a empresa, que gere o maior terminal de contentores do país, revelou que a paragem diária de 12 horas “está a ter consequências financeiras graves do Terminal XXI”, em Sines.
A greve parcial, às duas primeiras e duas últimas horas de cada turno, foi convocada pelo Sindicato das Indústrias, Energia, Serviços e Águas de Portugal (SIEAP) até à próxima sexta-feira, afetando as operações portuárias.
Segundo a empresa, devido “à instabilidade gerada” por este conflito laboral, “um dos principais clientes da PSA Sines retirou os seus navios do porto de Sines, transferindo operações para outros terminais”.
“Embora a adesão à greve seja mínima, o desvio de volumes resultará num impacto financeiro substancial para a empresa, para o emprego de centenas de trabalhadores, bem como para a confiança dos mercados internacional e nacional no Porto de Sines”, alertou.
No mesmo comunicado, a PSA Sines referiu que “este cenário é ainda mais preocupante, tendo em conta que a empresa tem cumprido integralmente os aumentos salariais acordados”.
E acrescentou que mantém um “diálogo construtivo com o Sindicato XXI, com quem assinou recentemente um acordo de entendimento e criou um grupo de trabalho dedicado à revisão de horários”.
Reiterando o seu compromisso “com a justiça, a igualdade e o respeito por todos os seus colaboradores”, a PSA Sines elencou, entre outras, as medidas implementadas este ano: “o aumento integral do IPC [Índice de Preços ao Consumidor] de 2,4% a todos os trabalhadores”, as “progressões automáticas de todos os colaboradores elegíveis”.
“Os profissionais da PSA Sines são, atualmente, os mais bem remunerados do setor portuário de contentores em Portugal”, sublinhou.
Ainda segundo a empresa, “apesar destes avanços, a greve provocou um rápido desvio de carga, perturbações nas cadeias de abastecimento, danos reputacionais para o porto e um aumento da pressão financeira sobre a PSA Sines”.
Além de considerar que “o processo negocial deve decorrer num ambiente livre de pressões externas ou de paralisações em curso”, a PSA Sines mostrou-se “totalmente aberta ao diálogo e à construção de soluções conjuntas”.
Este período de greve – a terceira paralisação convocada desde maio -, tem como objetivo reivindicar a melhoria das condições laborais, como a evolução das carreiras e o horário de trabalho.
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