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Segundo a comissão de utentes, em comunicado, os utilizadores desta via, que faz a ligação entre Santiago do Cacém, o Hospital do Litoral Alentejano e Vila Nova de Santo André, “estão a ser muito prejudicados com o grande atraso na conclusão da obra da passagem ferroviária”.

A estrada “está cortada ao trânsito” desde agosto de 2023, quando arrancou a intervenção, no âmbito da empreitada de modernização da ligação ferroviária entre Sines e a Linha do Sul, prejudicando centenas de utilizadores que diariamente são obrigados a fazer um caminho alternativo.

“As obras nunca mais terminam. Há cerca de dois anos que a estrada está cortada, causando muitos transtornos aos utentes, por dificuldades diversas. A obra deveria durar só 10 meses, ou seja era para ter terminado em maio do ano passado e não tem lógica a obra ainda continuar. Mais grave do que isso é não se saber quando é a conclusão da obra”, disse à rádio M24, Dinis Silva, porta-voz da comissão.

No comunicado, a comissão referiu que esta obra “está em execução há 2 anos”, e “até ao momento, os utentes não vêem a luz ao fundo do túnel".

Para alertar para o problema, os utentes vão realizar “um protesto em forma de concentração”, pelas 18:00 desta quarta-feira no Parque Verde da Quinta do Chafariz, na cidade de Santiago do Cacém.

Com esta iniciativa, a comissão de utentes vai exigir ao Governo e IP que “a obra seja concluída com urgência”.

Questionado sobre a altura escolhida para realizar esta iniciativa, Dinis Silva justificou a ação por não existirem “perspetivas de resolução” deste problema.

Segundo o porta-voz da comissão de utentes, após contacto, também a Câmara de Santiago do Cacém e a União de Freguesias de Santiago do Cacém, Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra, dizem não ter “qualquer resposta por parte da IP, no sentido da resolução destas obras”.

Contactada pela M24, a empresa Infraestruturas de Portugal explicou, numa resposta por escrito, que o prazo de execução dos trabalhos “tem sido condicionado por questões de ordem técnica, de âmbito geotécnico e de serviços afetados, detetadas ao longo da empreitada”.

“Nesta fase decorrem os trabalhos de conclusão dos serviços afetados e da componente estrutural, a que se seguirá a pavimentação do restabelecimento rodoviário, prevendo-se que a abertura da estrada possa ocorrer no 3º trimestre de 2025”, avançou.

Segundo a IP, esta intervenção realiza-se no âmbito da empreitada de modernização da ligação ferroviária entre Sines e a Linha do Sul atualmente em curso, que tem por objetivo a substituição da passagem ferroviária sobre a ER261, no concelho de Santiago do Cacém.

A obra foi iniciada no final de agosto de 2023 e “previa-se a sua conclusão para junho/julho de 2024”, precisou a empresa, lamentando “os transtornos que esta situação tem provocado, em particular aos habituais utilizadores desta via”.

A empreitada de modernização da ligação ferroviária entre Sines e a Linha do Sul, com um investimento de cerca de 28,5 milhões de euros, tem como principais objetivos eliminar os atuais constrangimentos de capacidade e potenciar as condições de exploração e de segurança na Linha de Sines.

De acordo com a empresa, “com a conclusão desta empreitada serão alcançados vários benefícios, como o reforço da coesão económica e social no território nacional, melhoria da mobilidade, aumento da capacidade/oferta de novos serviços, redução da sinistralidade e de congestionamentos, entre outros com impacto significativo na melhoria das condições de circulação e segurança dos utentes”.

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Tudo isto pode ser verdade (não tenho motivos para duvidar) mas porque não fomos informados do andamento ou não da obra, e do atraso da mesma e também porque não foi feita obra de melhoramento do ramal que serve de alternativa para quem (como eu) tem que se dirigir ao hospital muitas vezes por ano

Carlos nogueira

02/07/2025

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