A construção “da nossa residência está a [decorrer] a bom ritmo e esperamos que esteja concluída no final deste primeiro semestre letivo”, disse hoje à rádio M24, a presidente do IPS, Ângela Lemos.

De acordo com a responsável, que falava à margem de um evento colaborativo com parceiros da universidade europeia para discutir a oferta formativa nesta região, o dossier sobre a futura escola superior deverá ser entregue até ao final deste ano.

“Contamos entregar o documento no ministério [da Educação] até ao final deste ano civil e esperamos que, no primeiro semestre do próximo ano, tenhamos uma resposta e possamos efetivamente constituir a nossa escola”, afirmou.

O projeto para a construção da residência de estudantes, um investimento de 1,9 milhões de euros e com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), teve início, em 2021, no seguimento de um protocolo entre o município de Sines e o IPS para a “instalação de uma escola superior” neste concelho.

Em dezembro de 2023, a autarquia cedeu ao IPS, a título gratuito, o direito de superfície de um lote de terreno, com cerca de 1.500 metros quadrados, situado no Plano de Pormenor da Zona de Expansão Sul-Nascente para a construção da residência de estudantes.

A primeira pedra do edifício, que tem como principais destinatários os alunos deslocados que frequentam os cursos técnicos superiores profissionais (CteSP), foi lançada em janeiro de 2024, pela então ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato (PS).

Segundo Ângela Lemos, “a autarquia tem a responsabilidade pela construção” de um campus universitário que irá integrar não apenas a Escola Superior do IPS, como “o ensino profissional, empreendedorismo, 'startups' [e] investigação”.

E o IPS fará parte desse “'hub' de desenvolvimento para o alentejo litoral”, esclareceu.

Até à construção do futuro campus, as duas entidades estão a colaborar no sentido de encontrarem “espaços alternativos” para os cursos superiores.

“Já temos alguns CTeSP acreditados, mas a acreditação de cursos, licenciaturas e mestrados não se faz a correr. Portanto, gostaria de, em 2027/28, ter já as primeiras licenciaturas e mestrados”, sustentou.

Ainda de acordo com a responsável, no encontro, que está a decorrer desde ontem no Sinestecnopolo, com a participação de 40 pessoas, entre eles vários parceiros de países como a Áustria, Letónia, Roménia e Republica Checa, estão a ser partilhadas ideias para a futura escola superior, “numa visão que dê respostas a todo o tecido empresarial e industrial instalado em Sines”.

“Aquilo que queremos é pensar a escola, uma escola sem paredes, aberta ao mundo, que veja a economia azul, a sustentabilidade dos programas de formação que vamos construir com a industria e as empresas”, salientou.

O objetivo desta visão, acrescentou a responsável, passa igualmente pela “internacionalização” do plano formativo “em conjunto com os parceiros da Aliança Europeia” para a obtenção “de diplomas europeus”.

“Percebemos que a região também precisa muito de técnicos, daí a aposta em CteSP que já temos a funcionar em Sines há cerca de uma década, mas queremos reforçá-los, e depois uma escola pensada na área do digital, na resposta à industria quer a mais pesada, como ao nível de energia e datacenters”, concluiu.


Comente esta notícia

Este site usa cookies para melhorar a sua experiência. Ao continuar a navegar estará a aceitar a sua utilização.