Sines 'cai' para a CDU depois de 12 anos de gestão socialista
O presidente eleito da Câmara de Sines, Álvaro Beijinha (CDU), que retirou o PS do poder após 12 anos de liderança, assegurou que vai exigir do Governo mais investimento público.

Foto: DR
Em declarações à rádio M24, na noite eleitoral, e após conhecidos os resultados que deram a vitória à CDU, em Sines, Álvaro Beijinha, sublinhou que sentiu “desde a primeira hora" um "grande acolhimento e generosidade da população".
"Esta grande vitória, não foi uma surpresa para quem esteve no terreno e agora vamos retribuir em trabalho”, afirmou.
De acordo com Álvaro Beijinha, que se candidatou pela primeira vez à Câmara de Sines e que esteve à frente da Câmara de Santiago do Cacém, nos últimos 12 anos, além da “reestruturação [interna] da câmara e do espaço público”, o futuro executivo irá exigir do Governo “mais investimento público” neste território.
“Talvez uma das medidas mais imediatas é o pedido de uma reunião ao primeiro-ministro para discutir Sines que merece uma atenção especial do Governo, onde estão os maiores investimentos privados e públicos, e até convidá-lo a visitar Sines para perceber que é de facto muito importante haver investimento público” no concelho, argumentou.
No seu entender, a Câmara Municipal de Sines “por mais que queira fazer, não tem recursos financeiros para resolver estes problemas de fundo como os da habitação”.
O candidato independente da coligação que junta PCP e PEV, que não conseguiu maioria absoluta, prometeu igualmente “trabalhar no planeamento” do concelho e garantiu “muito investimento na melhoria do espaço público”.
Já a candidata do PS, Filipa Faria, também declarações à rádio M24, durante a noite eleitoral, assumiu a derrota nas eleições e considerou que os eleitores penalizaram o atual executivo, liderado por Nuno Mascarenhas, que não se recandidatou devido à limitação de mandatos, “por uma parte da cidade pouco cuidada”.
Apesar do “decréscimo significativo” de votos no PS, que passou a ser a terceira força política com assento no executivo municipal - passando de quatro para um vereador - a candidata disse aceitar “com humildade, aquilo que foi a votação dos sineenses”.
E afiançou que “continuará a trabalhar no sentido de melhorar as próximas votações e fazer um trabalho interno de reflexão sobre estes resultados”.
“O voto das pessoas de Sines penalizou-nos por uma parte da cidade pouco cuidada, embora tenhamos feito muito em termos de desenvolvimento económico, aquilo que os olhos vêem foi aquilo que nos penalizou”, realçou.
A coligação PCP-PEV obteve 40,72% e elegeu três mandatos, seguido do movimento independente MAIS que alcançou 23,37% dos votos, elegendo dois mandatos, o PS com 16,61% dos votos e um mandato e a coligação PSD/CDS-PP com 12,14 % dos votos e um mandato.
Dos 12.021 inscritos neste concelho, votaram 7.340 eleitores (61,06%). Os votos brancos foram 0,82% e os nulos 0,69%, de acordo com os resultados do MAI.
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