Foto: DR

O Prémio Alda Guerreiro, instituído pela Fundação Crédito Agrícola Costa Azul, foi entregue pelo seu presidente, Jorge Nunes, presidente da Caixa Agrícola, Rui Gomes, e pela vereadora com o pelouro da Cultura na Câmara de Santiago do Cacém, Sónia Gonçalves.

Mário Primo, figura maior na educação artística e na promoção da cultura no concelho de Santiago do Cacém, é encenador e diretor da companhia de teatro GATO SA, com sede em Vila Nova de Santo André.

Estudante de arquitetura, desde a década de 80 que investe na juventude de Santo André e que nela incute o gosto pelas artes dramáticas. Ensinou várias gerações de jovens a usar o corpo e a voz como linguagem e meio de afirmação, e a aprender a aceitar as suas limitações e a valorizar o erro.

O seu trabalho contribui fortemente para a formação do “espírito da cidade de Santo André”, uma cidade viva, ativa e sensível que se mostra descomplexada, convicta e com sentido crítico.

Impulsionador entusiasta de projetos, como as Mostras Internacionais de Teatro de Santo André e Litoral EmCena, Mário Primo foi responsável por trazer a este território companhias de prestígio internacional.

Como fundador da AJAGATO (Associação Juvenil de Amigos do Grupo Amador de Teatro de Santo André), faz parte do conselho redatorial da revista cena’s, uma publicação com 22 anos de existência e 18 números publicados sobre teatro. É também coordenador editorial do “Cidade Nova, Cadernos Culturais”, com um número publicado, dedicado a Manuel da Fonseca.

Segundo a fundação, a atribuição do Prémio Alda Guerreiro visa homenagear personalidades locais que se destaquem nas áreas da literatura e escrita e que tenham, ao longo dos anos, contribuído para o desenvolvimento cultural da região, formação de público e, quem sabe, de artistas.

“Alda Guerreiro, natural de Santiago do Cacém, que dá nome a este prémio, presenciou anos de mudança de regime, com a transição entre o fim da monarquia e o início da república. Republicana convicta, foi uma mulher determinada na defesa de causas, como o direito à instrução e à educação artística”.

Não era arquiteta, mas soube projetar e conceber a “Escola Livre” para crianças, onde se ensinava não apenas a ler e a escrever, como a apreciar a arte nas suas várias vertentes.


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