Incêndio de Ermidas-Sado consumiu cerca de 600 hectares de povoamento florestal. Meios continuam no terreno
O incêndio que deflagrou, terça-feira, na freguesia de Ermidas-Sado, no concelho de Santiago do Cacém, consumiu cerca de 600 hectares de povoamento florestal, mantendo-se a vigilância no local devido a possíveis reacendimentos, avançou hoje a proteção civil.

Foto: Imagem de Arquivo
De acordo com Tiago Bugio, do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Litoral, o incêndio "encontra-se dominado", tendo consumido "uma área estimada de aproximadamente 600 hectares".
"Sabemos que existem muitas 'ilhas' que não arderam e temos ainda muito trabalho durante o dia”, sublinhou o responsável, acrescentando que os meios vão permanecer no terreno, tendo em conta as previsões para a tarde desta quarta-feira que apontam para “uma rotação do vento que pode surpreender” os operacionais.
No entanto, acrescentou, “temos os meios no terreno a consolidar pontos quentes e a garantir as operações de rescaldo” deste incêndio que deflagrou, na terça-feira, na zona de Vale da Eira, na freguesia de Ermidas-Sado.
As chamas consumiram, essencialmente, “eucalipto, pinhal, montado de sobreiro e azinheira, zonas de mato e de pasto”, precisou.
O incêndio florestal, que chegou a ter três frentes ativas, entrou em fase de resolução na madrugada de hoje.
A maior preocupação dos operacionais no terreno incidiu “inicialmente [nas localidades de] Vale da Eira e Azinheira de Barros" no concelho de Grândola, e na evolução "em direção à Autoestrada (A2)”, uma vez que as chamas chegaram a estar “a 2,5 quilómetros” daquela via nacional.
Questionado sobre as causas que provocaram a ignição deste foco de incêndio, Tiago Bugio afirmou que “vários populares referiram que foi audível a trovoada e que se sentia naquele momento um vento muito forte”, o que leva a presumir “que terá sido [por] causas naturais”.
Por sua vez, o vereador da Câmara de Santiago do Cacém, Albano Pereira, avançou que, apesar de dominado, “no início da manhã” de hoje registaram-se “alguns reacendimentos”.
“Tivemos a ajuda do meio aéreo nas zonas de maior dificuldade de acessibilidades, mas as coisas estão mais ou menos controladas, os bombeiros estão a fazer o seu rescaldo”, permanecendo no local “algumas centenas” de operacionais, disse.
O autarca relatou “momentos muito complicados” durante a noite de terça-feira com “alguns reacendimentos muito fortes” que foram combatidos pelos bombeiros e a ajuda das máquinas de rasto que “facilitou a acessibilidade dos carros de combate à frente de fogo”.
“Não houve casas em risco, não houve animais [em perigo], apenas algumas matas de eucalipto e pastagens”, concluiu.
Também o presidente da Junta de Freguesia de Ermidas-Sado, Carlos Parreira, referiu que a proximidade das chamas à localidade de Vale da Eira, onde residem “cerca de 40 pessoas, a maioria idosos”, causou alguma preocupação.
Apesar do susto, o incêndio “não [chegou a] atingir casas, suiniculturas e outras construções” naquela freguesia do interior do concelho de Santiago do Cacém, adiantou o autarca que tem coordenado o fornecimento de refeições aos operacionais que se encontram no terreno.
No pico do incêndio, as chamas foram combatidas por 428 operacionais, apoiados por 158 veículos, dois helicópteros e sete aviões, sete tratores agrícolas e quatro máquinas de rasto.
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