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Num comunicado, após a realização de uma Assembleia-Geral, no sábado, em Alvalade, a federação fez “um balanço positivo” dos dois anos de implementação dos Comandos Sub-regionais de Emergência e Proteção Civil da Península de Setúbal e do Alentejo Litoral.

“A proximidade criada entre estas estruturas e as associações humanitárias e corpos de bombeiros, o reforço da formação ministrada, o apoio administrativo e operacional, o reforço na operacionalidade, flexibilidade da capacidade de resposta dos corpos de bombeiros às ocorrências e eficiência na coordenação”, foram os fatores que contribuíram para esta avaliação, lê-se no documento.

Em declarações à rádio M24,  o presidente da federação de bombeiros do distrito de Setúbal, João Ludovico, defendeu a criação de “um modelo que responda à realidade territorial”.  

De acordo com o dirigente, tem sido implementado um modelo de coordenação dos bombeiros “de forma transversal” ao país, sem que se tenha em conta que “a dinâmica e a realidade territorial [são] diferentes”.

“Se calhar, na Península de Setúbal e Alentejo Litoral este modelo de sub-região enquadra-se”, enquanto que “no Centro ou Norte do país este modelo não se está a enquadrar tão bem com a realidade territorial”, sublinhou.

Com a reorganização, implementada em janeiro de 2023, a Península de Setúbal ficou com 16 corpos de bombeiros, tendo sido criado o Comando Sub-regional do Alentejo Litoral, com 10 corpos de bombeiros dos concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém, Sines e Odemira.

Para o presidente da federação, o Governo, em conjunto com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e a Liga dos Bombeiros Portugueses “deveriam fazer uma avaliação do próprio território” para, se possível, “aplicar uma reestruturação mista” em todo o país.

“O balanço que fazemos da criação destas sub-regiões é positivo, mas não criticamos o modelo distrital porque enquanto fomos distrito as coisas correram bem. A verdade é que há uma maior proximidade e o trabalho tem sido feito de uma forma mais célere com esta questão das sub-regiões”, disse.

Considerando que não existem modelos perfeitos e que os mesmos dependem “das dinâmicas do dia-a-dia”, João Ludovico sustentou que antes de se avançar com uma nova reorganização da proteção civil esta questão deve um ser “mais trabalhada”.

“Se calhar tem de ser um bocadinho mais trabalhada”, em vez de se “voltar atrás, sem avaliarmos concretamente aquilo que é a realidade do território”, argumentou o dirigente, dando como exemplo o modelo de financiamento das associações de bombeiros “que é igual para todos”.


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SANTIAGO DO CACÉM
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