Rádio M24: Quem é a candidata e qual o seu percurso?

Maria Cabral: Maria Margarida Antunes Serpa Cabral, 65 anos, nasci em Dili, Timor-Leste, filha de pais portugueses, passei a infância entre Açores, Coimbra e Moçambique devido à itinerância do pai médico militar. Estabeleci-me em Santo André, depois de passar pela Universidade dos Açores, onde frequentei o 1.º ano do curso de História e Ciências Sociais, tendo transitado para a UA curso de História. Lecionei na Escola Preparatória de Santo André e na ESPAM, sendo breve a passagem pelo ensino. Com formação em Agricultura e Turismo tenho como profissão Técnica de Gestão da Qualidade. Desde cedo me interessei pelos destinos e políticas do país e da freguesia que adotei há 38 anos. Quero lutar pelo muito que falta fazer e trazer à população de Santo André, estou determinada em construir uma freguesia com Futuro!

Qual considera ser a principal necessidade da sua freguesia e a prioridade do seu mandato?

Santo André é a freguesia com a maior potencialidade de desenvolvimento, é necessário que tenha mais competências na área da limpeza urbana, espaços verdes e arruamentos. Estamos preocupados com as dificuldades das pessoas no acesso à habitação e tudo faremos para participar em respostas socialmente justas que acompanhem a vinda de novos trabalhadores, fruto das oportunidades de trabalho no complexo industrial de Sines. Precisamos de uma freguesia que olhe para o desporto e para a cultura, garantindo o acesso universal e público à prática de natação e apoie a exigência de adaptação do Centro de Atividades Pedagógicas Alda Guerreiro com a construção de um auditório e de espaços destinados à criação e ao ensino das artes de palco, com capacidade para a realização de eventos culturais e ser um polo cultural de referência no Litoral Alentejano.

Que medida concreta implementaria no primeiro ano de mandato:

É inadmissível que o parque de merendas da Costa de Santo André esteja totalmente abandonado, defendemos a requalificação no núcleo urbano da costa com aproveitamento do espaço da tenda até montante da rotunda, com parque verde público dotado de equipamentos para atividades culturais de ar livre e um novo parque de merendas. É também uma prioridade a valorização do património cultural, fontes, lavadouros, pontões, moinhos, fornos, azenhas ou montes compondo um roteiro turístico-cultural também ao serviço das escolas. O parque central, pulmão verde da cidade, tem que passar para a gestão da Junta de Freguesia, de modo a podermos planear e avançar com o seu melhoramento, com mais sombras arbóreas, eliminar a aplicação de glifosato, regenerando o lago por reposição do circuito circular de água existente e reconstruindo o anfiteatro de ar livre.

Como pretende envolver os cidadãos na gestão da Junta de Freguesia?

A população de Santo André precisa de estar informada de tudo o que se passa nas reuniões da Junta e Assembleia de Freguesia, incentivando as pessoas a frequentar esses espaços de democracia e promovendo a sua transmissão ‘online’. O site da Junta de Freguesia deve ter informação atualizada sobre contas e orçamentos, decisões e acompanhamento de projetos. O Orçamento Participativo tem que ser alargado ao conjunto da população e a auscultação da população é fundamental através de reuniões abertas e descentralizadas. A Plataforma Cidadã - RENOVAR Santiago do Cacém defende que as políticas locais sejam transparentes e democráticas, envolvendo a população na definição das politicas da sua freguesia.

Que mensagem gostaria de deixar aos eleitores da sua freguesia?

Aos eleitores da freguesia de Santo André, venho apelar para que votem na mudança, na renovação e no futuro Como maior cidade do concelho defendemos habitação acessível, com políticas que garantam o direito a viver com dignidade. Acreditamos que é possível construir uma alternativa sólida e centrada nas pessoas, na justiça social e na sustentabilidade, uma eco-freguesia a sério e que proteja a maior riqueza natural da região, a Lagoa de Santo André, garantindo o seu equilíbrio com a atividade humana e defendendo um modelo de turismo de baixa densidade. Esta candidatura representa uma resposta forte às necessidades das pessoas e do território da freguesia, alicerçada nas preocupações sociais, ambientais, no bem-estar animal e o compromisso com os direitos humanos.