ENTREVISTA| Bruno Candeias (BE/PAN/LIVRE) elege espaços públicos, habitação e transportes como prioridades para Ermidas-Sado
O candidato da coligação BE/PAN e Livre à Junta de Freguesia de Ermidas-Sado nestas eleições autárquicas diz que faz falta habitação acessível, creches e assistência médica e quer dar prioridade aos espaços públicos e transportes.

Foto: DR
Rádio M24:Quem é o candidato e qual o seu percurso?
Bruno Candeias: Nasci há 38 anos em Grândola e cresci em Ermidas-Sado, sempre envolvido em atividades culturais e desportivas locais, hoje trabalho como Técnico de Operação Industrial em Sines. Assumi os pelouros da Cultura, Desporto e Juventude no executivo da Junta de Freguesia de Ermidas-Sado (2009-2013), onde iniciei a requalificação do Jardim Público, a transformação do antigo “bar” em espaço cultural com cafetaria e sala multiusos, o regresso do torneio do 25 de Abril, o apoio à Festa das Flores integrando a Comissão de Festas e a promoção da organização autónoma da juventude. Candidatei-me à Câmara Municipal de Santiago do Cacém em 2017 e 2021. Integro o coletivo “Tirem As Mãos do Litoral Alentejano”, porque me preocupo com as questões sociais e ecológicas da região e sou dirigente sindical no Complexo Industrial de Sines.
Qual considera ser a principal necessidade da sua freguesia e a prioridade do seu programa?
A nossa freguesia foi das únicas que ganhou população nos últimos anos. Foram as oportunidades de trabalho, a busca por uma vida melhor, que chamaram novos trabalhadores, muitos vindos de fora, do nosso e de outros países. Com esta realidade surgem novos desafios que as políticas públicas têm que acompanhar. Faz falta habitação acessível, creches, ATL e assistência médica mais próxima. As associações precisam de autonomia, apoio e, sobretudo, colaboração entre si. O alargamento do jardim permite novos equipamentos desportivos, que merecemos. É necessária uma manutenção mais cuidada dos arruamentos e passeios, mais transportes e saneamento básico em Faleiros. Defendemos estas prioridades para construir uma comunidade menos desigual e mais inclusiva.
Que medida concreta implementaria no primeiro ano de mandato?
Queremos dar início a um novo ciclo de desenvolvimento económico e social, pela valorização do património cultural e natural da freguesia, em benefício da população e da economia local! Vamos tornar Ermidas-Sado um museu vivo a partir da requalificação do seu património cultural (como o quintal da moagem ou o largo do chafariz e abrindo à visitação espaços de fabrico de cortiça ou da moagem), ferroviário e a preservação da memória da resistência à ditadura. Para este novo ciclo contribui também o rio Sado e os seus patrimónios, com a recuperação do moinho da Gamita, a criação da “Rota das fontes”, a fruição balnear do rio e os recursos que pode disponibilizar à gastronomia local.
Como pretende envolver os cidadãos na gestão da Junta de Freguesia?
A nossa candidatura tem o objetivo de colocar o desenvolvimento ao serviço das pessoas, prosseguindo os valores da democracia e da participação popular. Queremos governar com as pessoas. Para isso iremos promover a auscultação popular com reuniões abertas e descentralizadas, criar comissões populares para definição de políticas setoriais e avançar com o Orçamento Participativo da freguesia. Consideramos que a participação só pode acontecer com a população informada, para isso publicaremos um boletim próprio, um site da Junta de Freguesia com informações, transmitiremos online as reuniões da assembleia de freguesia e asseguraremos atendimento não só presencial como também digital.
Que mensagem gostaria de deixar aos eleitores da sua freguesia?
Este é o momento de iniciar um novo ciclo político e de desenvolvimento em Ermidas-Sado. Somos nestas eleições a única alternativa capaz de liderar um projeto de desenvolvimento, económico e social, alicerçado em serviços públicos fortes, qualificação do espaço urbano, valorização do património cultural e natural. É tempo de trazer a democracia participativa até Ermidas-Sado, ouvir quem aqui vive e trabalha, respeitar as suas opiniões, envolvê-las nas decisões que definem as políticas públicas da freguesia, seja na assembleia de freguesia ou fora dela.
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