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No debate transmitido pela rádio M24 e o jornal O SETUBALENSE, Álvaro Beijinha, da CDU, propôs a construção de habitação a custos controlados, através da criação de cooperativas, e criticou o atual executivo camarário, de maioria socialista, de falta de aproveitamento “das linhas de financiamento” do PRR.

“O município [de Sines] é proprietário de terreno municipal, o que ajuda desde logo porque não tem de o adquirir, e o que tem de fazer é incentivar a criação de cooperativas para resolver um conjunto de problemas às famílias” do concelho, defendeu.

Por seu lado, Miguel Vaz (PSD/CDS-PP) condenou o facto de os restantes candidatos atribuírem culpas ao Estado pela falta de habitação neste concelho e lembrou que, desde 2021, ano em que foi criada a Estratégia Local de Habitação (ELH), ficaram por fazer mais de 300 casas (aprovadas e não concretizadas).

“Vou fazer habitação a custos controlados, temos parceiros que as fazem, desde cooperativas”, e com “recurso à banca”, esclareceu.

Já a candidata do PS, Filipa Faria, que censurou “posições irrealistas e populistas”, aludindo para as “contingências e obrigações orçamentais” de uma autarquia, comprometeu-se, nesta área da habitação, a “estender o pé à medida do lençol”, apostando “no setor cooperativo” e na renda acessível.

“Tenho um orçamento e tenho de fasear o meu orçamento na habitação e não vou prescindir de exigir do Estado Central [que faça] o seu papel. O Estado não se pode demitir de uma crise habitacional num concelho que puxa a economia do país e, é nesta perspetiva, que vou fazer os 18 fogos” a custos controlados, garantiu.

Jorge Maia (Chega) considerou que uma aposta nas cooperativas de habitação é “uma boa solução” para resolver este problema que afeta centenas de habitantes do concelho, “a custos acessíveis e com regras”, colocando igualmente as casas devolutas no mercado de arrendamento e facilitando o licenciamento dos projetos.

“Foi anunciado pelo Governo uma linha de crédito para a habitação e, se essa verba ficar disponível, desde que não se deixem passar prazos, devem ser aproveitadas todas as oportunidades que forem dadas nesse sentido. Somos o motor e a economia do país, é natural e seria justo que houvesse compensações para o concelho em várias áreas”, defendeu.

Para Gonçalo Naves (MAIS), o concelho de Sines vive “um drama enorme” em termos habitacionais, tendo “um dos preços mais elevados por metro2 tanto para compra, como para arrendamento em Portugal”, com “consequências muito graves” para os jovens e as famílias e, por isso o candidato quer apostar na construção a custos controlados e na reabilitação do património municipal.

“A ELH previa que fossem intervencionados 392 fogos e foram zero. A ELH esteve 18 meses atrasada e, este ano e meio, teve consequências muito graves na vida dos sineenses e dos portocovenses. Não podemos dizer que o problema é do Estado Central, temos de fazer aquilo que os municípios que mais eficazmente estão a lutar contra a crise na habitação fazem, que é construir”, sustentou.

As eleições autárquicas realizam-se no próximo dia 12 de outubro.

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