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Considerando tratar-se de uma proposta “ambiciosa, mas realista”, a cabeça de lista do PS por Sines defendeu que estas são as prioridades que vão “ao encontro dos interesses das pessoas”.
“A nossa proposta programática é ambiciosa, mas realista que irá ao encontro das preocupações das pessoas e ao encontro dos interesses do nosso concelho. O PS é um partido responsável e é por isso que constituiremos a melhor equipa e apresentaremos um programa equilibrado, exequível e que garanta a sua conciliação com a saúde financeira e orçamental da câmara”, afirmou.
Durante a cerimónia de lançamento da sua candidatura, que decorreu na tarde do passado sábado, no edifício da Docapesca, em Sines, Filipa Faria, falou em “duas frentes programáticas, absolutamente prioritárias” para o partido.
No que respeita ao espaço público, a candidata defendeu a necessidade de criar “respostas céleres e mais qualificadas de empresas privadas” que garantam “a manutenção e embelezamento”, mas promovam “a mobilidade suave” e “a vida comunitária”.
No entanto, reconheceu que, nesta matéria, existem “muitas dificuldades para ultrapassar”, desde logo na “necessidade de reforço das equipas camarárias e [de] uma rigorosa metodologia de agendamento e planeamento dos trabalhos”.
Na habitação, a candidata defendeu a criação “no imediato” de “instrumentos que incentivem a construção a custos controlados” independentemente de serem “os construtores, a câmara, as cooperativas ou até os privados”.
“Temos uma cidade planeada com dois grandes Planos de Pormenor (PP) e está já em desenvolvimento um novo PP. No total teremos bastante mais de dois mil fogos planeados e cuja construção pode arrancar. O mercado tem funcionado, mas quase sempre para uma procura que é mais rentável e dá mais lucro”, realçou.
Para garantir o equilíbrio, a candidata socialista apontou para a necessidade de se avançar com “construção para venda e de arrendamento a preços acessíveis”.
“Só uma estratégia que combine diversos instrumentos e concilie os diversos mercados poderá contribuir para resolver o problema de fundo” na habitação, acrescentou.
Ainda no capítulo da habitação, a candidata prometeu “uma abordagem menos financeira sobre a alienação dos terrenos municipais.
“Não encararemos as receitas potenciais com demasiado relevo, os terrenos podem ser alienados para um determinado fim e se esse fim for a construção a custos acessíveis, naturalmente que os preços que os terrenos que vão a hasta pública têm de estar em linha de conta com esse objetivo e os promotores ficarem obrigados a essas condições”, afirmou.
Já no que respeita ao investimento industrial, portuário e turístico do concelho, a candidata do PS falou na necessidade de implementar uma nova abordagem, além de apenas se garantir “emprego estável, qualificado e justamente remunerado”.
“Mas já não estamos nos anos 80 ou 90 do século passado. O investimento mesmo aquele que se destina à transição energética tem de ser ambientalmente comprometido e ter objetivos claros de sustentabilidade”, argumentou.
No seu entender, os investidores “têm de ser sensibilizados para a necessidade de terem compromissos efetivos no território, seja na promoção de medidas ambientais que mitiguem o efeito dos seus investimentos, seja até na criação de mecanismos de benefício social no concelho”, como “a promoção de habitação acessível”.
Caso seja eleita, a candidata, que integra o atual executivo liderado por Nuno Mascarenhas, pretende implementar uma gestão mais participativa, com a introdução de um Orçamento Participativo, proximidade, com o desenvolvimento do programa “O Meu Bairro”, e mais transparência, através de jornadas e visitas técnicas às freguesias e aglomerados.
Por seu lado, o presidente da Federação do PS de Setúbal, André Pinotes Batista, também presente no lançamento da candidatura, enalteceu “as enormes competências” e o “enorme trabalho” desenvolvido por Filipa Faria.
“Esta dimensão que Sines tem que extravasa os seus laços é algo que faz com que estas eleições que vamos disputar tenha uma importância nevrálgica. A transição digital e energética não são possíveis sem a peça central do puzzle que é Sines”, sublinhou.
“Quem melhor do que quem fez bem para fazer ainda melhor. Se fomos nós que conseguimos colocar uma gestão rigorosa nas finanças, que conseguimos fazer obras estruturais, que recuperamos a arquitetura desta terra, que atraímos tanto investimento, se foi o PS, se foi esta equipa que a Filipa integrava, não há melhor forma de dar continuidade, de ir mais longe, de fazer melhor, do que apostar em quem tem as provas dadas e as qualidades” da atual candidata, realçou.
As eleições autárquicas devem decorrer entre setembro e outubro deste ano.

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