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“Vamos trabalhar mesmo muito, vários dos problemas que vivemos atualmente em Sines resolvem-se com mais trabalho, mais dedicação, mais organização e com uma melhor liderança”, garantiu.

A apresentação oficial do cabeça de lista do movimento independente de cidadãos MAIS à Câmara de Sines, Gonçalo Naves, nas eleições autárquicas deste ano realizou-se, no último sábado, no Quintalão do Castelo de Sines.

No discurso, o candidato teceu várias criticas à atual gestão socialista, liderada por Nuno Mascarenhas, apontando-lhe falhas em várias áreas de atuação, com prejuízo para os seus habitantes.

“A Câmara de Sines começou por falhar na habitação, escolhendo conscientemente não se envolver na criação de habitação pública. Sines é hoje uma das regiões em Portugal, a par de Lisboa, Porto e o Algarve, em que o preço por metro2, tanto para compra como para arrendamento, é mais elevado”, afirmou.

Além disso, apontou, “o parque habitacional do município está degradado, sujo e abandonado e os responsáveis políticos parecem não querer saber”.

“O espaço público também se degradou a um nível, provavelmente nunca antes visto por ninguém aqui”, salientou o candidato, referindo-se igualmente “às empreitadas de obras públicas e aos equipamentos” que “sistematicamente se atrasam”.

“Não podemos aceitar o que é grave como normal, mas também não podemos querer o básico para um concelho que é diferente dos outros. Têm sido dezenas de falhanços que ao longo de últimos 12 anos prejudicaram os sineenses e portocovenses em algumas das coisas que para nós são mais importantes”, vincou.

O candidato, que discursou depois de terem sido apresentados os cabeças de lista às Juntas de Freguesia de Porto Covo, Joaquim Parrinha, e de Sines, Sérgio Cordeiro, e à Assembleia Municipal, Marisa Santos, criticou igualmente a governação socialista “de costas voltadas para a população”.

Entre as prioridades da candidatura do movimento, que em 2021 elegeu dois vereadores, Gonçalo Naves elencou a criação de habitação pública a custos controlados na modalidade de renda acessível.

Esta medida, garantiu o candidato, permite que “as famílias de classe média possam aceder a este tipo de habitação, sem qualquer estigma ou preconceito, pagando uma renda justa”.

“Não temos a pretensão de conseguir resolver o problema da habitação de um dia para o outro, mas este é um dos instrumentos que as câmaras municipais têm ao seu dispor para amenizar o problema da habitação que o [atual] executivo optou por não utilizar e que garanto que vamos utilizá-lo nos próximos anos”, afiançou.

O MAIS quer ainda encontrar soluções para a fixação de jovens neste concelho, no âmbito do programa “Fixa-te Cá”, com a recuperação de habitações no centro histórico para arrendamento acessível para jovens entre os 18 e os 35 anos.

“Desta forma criamos mais fogos de habitação para os jovens, colaboramos para que os jovens se fixem em Sines do que fiquem no centro de Sines que é antigo do degradado e, além disso, intervimos também no espaço público”, precisou.

O espaço público é outra das prioridades da candidatura do MAIS que tem “alguns projetos pensados para intervir nos espaços verdes”.

Já no setor do turismo, o cabeça de lista revelou que é sua intenção “afirmar Sines como destino de referência a nível cultural, turístico do gastronómico”.

“Vamos criar uma marca capaz de projetar Sines para o mundo e que consiga trazer a Sines pessoas durante a época baixa, entre outubro e maio, para consumirem a nossa cultura, a nossa gastronomia e para darem vida à nossa terra”, defendeu.

Numa palavra aos portocovenses, o candidato prometeu “melhorar a qualidade de vida” de quem reside naquela freguesia, “reforçando as infraestruturas básicas”, como o “fornecimento de água e outros equipamentos necessários”.

Manifestando vontade em tornar Sines, “um dos mais importantes centros económicos do país“, num “território de educação e de inovação”, Gonçalo Naves, deixou ainda a garantia de que dará “as condições necessárias para que as empresas se continuem a estabelecer” neste território.

Para tal, acrescentou, o movimento, caso seja eleito, trará “a ETLA [Escola Tecnológica do Litoral Alentejano] e um polo do Instituto Politécnico de Setúbal para a cidade de Sines, criando um campus universitário que comunique com as escolas do concelho”.

A lista do MAIS à Câmara de Sines é composta por Gonçalo Naves, Cármen Francisco, Jorge Mestre, Ana Filipa Guerreiro e Mónica Nunes.

As eleições autárquicas estão agendadas para 12 de outubro deste ano.

 

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