Foto: CMG

A 11.ª edição da Corrida Atlântica (10 km), com partida e chegada a Melides, completou o programa desportivo do evento. No conjunto das duas provas, inscreveram-se 703 atletas, entre os quais 77 representantes de 24 nacionalidades diferentes. 

Com os termómetros a ultrapassarem os 30ºC, o desafio físico e mental foi elevado ao limite.

De entre os mais de 200 atletas participantes na distância longa, destacou-se a vitória de Rui Teixeira, da Escola de Atletismo de Coimbra, que se estreou na Ultra Maratona Atlântica com um impressionante tempo de 03:15:36. O pódio da classificação geral masculina ficou completo com Nuno Carpinteiro (Clube Raquel Cabaço), com 03:38:45, e Sérgio Batalha (03:50:26), que participou a título individual.

No setor feminino, Patrícia Serafim (indiv.) voltou a fazer história ao conquistar pela 11.ª vez o primeiro lugar, com o tempo de 03:55:56. Laura Grilo (indiv.) repetiu a segunda posição pelo terceiro ano consecutivo (04:05:53), enquanto Catarina Serrazina (indiv.) encerrou o pódio com 04:22:09.

A Corrida Atlântica, com um percurso de 10 km, foi vencida por Paulo Martins (Grupo Desportivo e Recreativo São Francisco da Serra), com 00:44:40. Carlos Tiago e Luís Brito, ambos da Run Tejo – Prevent Sprain, conquistaram o segundo e terceiro lugares, respetivamente. No setor feminino, a atleta Kcénia Bougrova (Run Tejo – Prevent Sprain) reforçou a sua hegemonia ao vencer pela 5.ª vez consecutiva, com um tempo de 00:53:04. Ana Margarida Lourenço (indiv.) repetiu o segundo lugar do ano anterior (00:57:12) e Marisa Machado (indiv.) completou o pódio com 00:58:54.

O ambiente vivido ao longo do areal foi de superação emocional. Ao cruzar a meta, alguns participantes consideraram esta experiência “mais desafiante do que um Iron Man” e descreveram-na como “mais do que uma corrida, uma verdadeira prova de resistência mental”.

Para a vereadora da Câmara Municipal de Grândola com o pelouro do Desporto, Carina Batista, “é uma satisfação enorme perceber que a prova, após 20 edições, continua a mobilizar tantas pessoas, sobretudo em termos de superação”.

A autarca sublinhou ainda que a inversão do percurso, que retomou o sentido original do antigo Raid de Grândola, se revelou positiva.

“Tivemos muitos atletas a dizerem-nos que esta mudança de sentido é excelente, apesar do esforço e da dificuldade acrescida. É um motivo de orgulho que nos dá vontade de continuar e ponderar manter este sentido Tróia-Melides”, afirmou.

A edição deste ano ficou ainda marcada pelo reforço do envolvimento das associações e população locais. As praias encheram-se de banhistas, que aplaudiram os atletas ao longo do percurso, e a zona da meta, em Melides, transformou-se num espaço de convívio intergeracional, com atividades para crianças e famílias que decorreram em simultâneo com as provas, contribuindo para o sucesso do evento.

Para celebrar o marco das 20 edições, foi instalada ao longo do passadiço da Praia de Melides uma exposição composta por 16 painéis de textos e imagens, que apresenta uma retrospetiva da Ultra Maratona Atlântica, desde 1987 até aos dias de hoje. Esta exposição poderá ser visitada até ao próximo domingo, dia 03 de agosto.

 

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