“Eu serei a presidente de todas as pessoas, nunca podemos cair no risco de querer penalizar uma freguesia ou pessoas que não votaram em nós e essa não será a forma com que irei trabalhar à frente do executivo” camarário, afirmou.

Clarisse Campos, que concorreu pela terceira vez à Câmara de Alcácer do Sal, gerida há 12 anos pela CDU, garantiu uma diferença de quase mil votos, tendo vencido em cinco das seis freguesias do concelho.

Para a autarca, esta vitória “significa que as pessoas estão atentas para fazerem as suas escolhas", sendo "muito importante que cada pessoa tenha a noção do poder do voto e de decidir quem quer para governar os destinos do concelho e decidir em liberdade”.

Após a tomada de posse, uma das prioridades da presidente eleita, recai nos trabalhadores do município  e, logo depois, “atacar os vários problemas” que subsistem neste concelho do litoral alentejano.

O problema da “habitação” é um deles, reconheceu Clarisse Campos, acrescentando que vai solicitar aos serviços camarários “um levantamento de toda a situação em relação aos terrenos municipais”.

“E depois analisar aquelas que serão as melhores medidas para de uma forma rápida resolver” as respostas habitacionais à população, garantiu.

A socialista, que abdicou do lugar de deputada na Assembleia da República para concorrer à Câmara de Alcácer do Sal, liderada pelo comunista Vítor Proença, que não se pôde recandidatar devido à limitação de mandatos, disse querer resolver “com urgência” os problemas da mobilidade neste território.

“Temos [de dar] apoio à população mais idosa e levar os serviços de ação social da câmara municipal” para o terreno, com o objetivo de “trabalhar com estas pessoas”, porque “a situação é muito mais grave do que aquilo que imaginava”, referiu.

Segundo a presidente eleita, o novo executivo pretende contactar com a população de todas as freguesias do concelho, através de presidências abertas, “levando para o terreno os funcionários”, para entender as "dificuldades" das populações e procurando “as soluções que vão ao encontro dessas dificuldades”.

Nas eleições autárquicas de domingo, segundo os dados do Ministério da Administração Interna (MAI), o PS obteve 50,64% dos votos e alcançou a vitória,com três mandatos.

Seguiram-se a CDU, com uma votação de 35,67% e a eleição de dois vereadores.

Dos 9.826 inscritos neste concelho, votaram 6.216 eleitores (63,26%). Os votos brancos foram 1,71% e os nulos 1,34%, de acordo com os resultados do MAI.