Em comunicado, o movimento "Somos Todos Cidadãos" refere que com a criação deste grupo pretende colocar "os munícipes no centro da decisão”.

"A nossa luta por uma política mais humana, mais próxima, moderna e eficaz, traduz-se na criação de um movimento que coloca os munícipes no centro da decisão, onde cada voz conta, onde cada ideia importa e onde a mudança necessária é verdadeiramente possível", lê-se no documento.

Em declarações à rádio M24, o porta-voz, Bruno Gonçalves Pereira, explicou que o movimento, que pretende ser abrangente, reúne um conjunto de pessoas de “vários quadrantes e experiências da sociedade civil”.

"Cada terra do nosso concelho tem a sua especificidade e as suas necessidades, maior parte das vezes não atendidas, a avaliar pela insatisfação que existe" e, por isso, este movimento, "traz pessoas que têm dedicado a vida toda a Santiago do Cacém, a servir através de instituições", explicou.

"Traz pessoas ligadas à área empresarial, por causa da gestão, outras ligadas a associações e coletividades", precisou o representante.

O grupo que tem como lema “O Concelho de Santiago do Cacém em Movimento” foi criado por figuras como Jorge Nunes, Joaquina Matos, Francisco Lobo Vasconcelos, Margarida Barroso e José António Falcão.

No comunicado, o movimento assume que, com esta candidatura, “pretende virar uma nova página na gestão autárquica” do concelho de Santiago do Cacém, liderado pela CDU, e “romper com um ciclo de estagnação que dura há quase meio século”.

O porta-voz do movimento de cidadãos independente fala numa “insatisfação das pessoas em relação” ao atual executivo camarário e numa “estagnação” do concelho que “importa reverter”.

"Toda a gente sabe que Santiago do Cacém é um concelho com muito potencial (...) e tem vindo ao longo do tempo a perder relevância no contexto regional, mas sobretudo regional e o que pretendemos é voltar a colocar Santiago do Cacém no mapa e reverter este estado de coisas para que volte a haver até um à vontade para as pessoas falarem ou porque têm alguma ligação laboral com setores próximos do atual executivo", argumentou.

Segundo Bruno Gonçalves Pereira, o movimento propõe-se "trazer o investimento público do Governo da República encetando uma nova vaga de comunicação mais diplomática e menos agressiva, usar todos os esforços para termos melhores os resultados, o que não será difícil , e voltar a colocar Santiago do Cacém no mapa depois de estagnação durante tanto tempo".

De acordo com Bruno Gonçalves Pereira, o STC, que conta ainda com nomes como Joaquin Toro, João Paulo Lourenço, Nuno Pinela, João Santos, Jorge Ganhão, José Cordeiro Catarino, José Manuel Cavalinhos e Leonor Sobral Faria, pretende candidatar-se "a todos os órgãos autárquicos" no próximo ato eleitoral.

Quanto a um eventual nome para encabeçar a lista à Câmara de Santiago do Cacém, o representante do movimento disse que para já não existe um candidato definido, mas adiantou que estão a decorrer reuniões para eventuais apoios de partidos políticos.

"Não temos ainda essa definição para trazer a público", garantiu o responsável, acrescentando que o movimento tem  "reunido com os principais partidos políticos democráticos da oposição" para sondar a "hipótese de haver algum apoio à candidatura" do STC.

"Sabemos que não podem existir apoios diretos, porque falamos de forças partidárias, mas seria muito bom que, em algumas ou em todas as freguesias,  que esses partidos, reconhecendo a qualidade das pessoas que apoiam o movimento de cidadãos independentes, abdicassem de apresentar candidatos próprios com a sigla partidária", vincou.

O movimento é ainda composto por Manuel Carlos Gonçalves, Margarida Botelho, Nuno Braz, Orlando Candeias Angelino, Paulo Pereira Calado e Ulisses Silva.

A CDU detém a maioria no executivo municipal de Santiago do Cacém, com quatro eleitos, tendo o PS dois vereadores e a coligação PSD/CDS um vereador.
As eleições autárquicas deverão decorrer entre setembro e outubro próximos.