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De acordo com a plataforma, que assenta na coligação entre BE/Livre/PAN, inicia "uma nova etapa que resulta de um percurso de proximidade, escuta ativa e integração das aspirações dos cidadãos".

"As listas são compostas, na sua grande maioria, por candidatos independentes, com sensibilidades diferentes, mas com preocupações e objetivos comuns", refere esta coligação liderada pela investigadora e ativista Kaya Schwemmlein. 

De acordo com a candidata, trata-se de “uma plataforma cidadã livre e independente que assenta nos valores de Abril e na participação cívica e ativa”, apesar de ser “suportada juridicamente” por esta coligação “apenas para efeitos eleitorais”.

Segundo a cabeça de lista, a coligação “reflete o conhecimento e a convergência, com as ideias, princípios e propostas” de uma plataforma cidadã que constituiu a “base da candidatura” a este ato eleitoral.

“É a base da candidatura que junta várias sensibilidades, homens e mulheres, com ou sem afiliação política que se juntaram para criar um concelho mais justo, inclusivo e ambientalmente sustentável”, indicou.

A residir em Cercal do Alentejo desde os cinco anos, Kaya Schwemmlein organiza eventos pela equidade das mulheres e é ativista dos grupos “Juntos pelo Cercal”, “Protege Alentejo” de São Domingos e do coletivo “Tirem as mãos do Litoral Alentejano” que “tem lutado contra a exploração agressiva desta região”.

Além da Câmara de Santiago do Cacém, a candidatura da coligação “Renovar Santiago do Cacém” vai apresentar listas de candidatos à Assembleia Municipal, que será liderada por Diogo Sousa Gomes, e “em mais de metade das freguesias” deste concelho.

"Vamos apresentar candidatos às freguesias de Ermidas, Santo André, Cercal do Alentejo, São Domingos e União de Freguesias de Santiago do Cacém, Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra", precisou.

“Estamos unidos na determinação de ouvir a voz do povo e de cada pessoa. Queremos promover o emprego com direitos, casa digna para morar, serviços de saúde, uma cultura de desporto para todos e temos como missão o serviço público”, referiu.

Além do “direito à habitação”, o “acesso à saúde, a justiça social e sustentabilidade ambiental”, são as prioridades desta candidatura que defende a revisão “da política de habitação” deste município do litoral alentejano.

“É preciso regular os preços das casas e das rendas, mas também aceder a fontes de financiamento disponíveis para as canalizar para a habitação pública, habitação social, autoconstrução e até habitação a custos controlados”, destacou.

Mantendo também o foco na política energética, a candidata reconheceu ser contra a existência de “mega centrais fotovoltaicas que assentam apenas num modelo extrativista colossal para a indústria e que nem emprego traz para o território”.

“É preciso ter um plano municipal que assenta na democracia energética”, argumentou.

Além de Kaya Schwemmlein, são ainda candidatos à Câmara de Santiago do Cacém Bruno Gonçalves Pereira, pelo movimento STC, Vítor Proença, pela CDU, e Cláudia Estêvão, pelo Chega.

O atual executivo municipal de Santiago do Cacém, liderado por Álvaro Beijinha (CDU), impossibilitado de se recandidatar pela limitação de mandatos, é constituído por quatro eleitos da CDU, dois do PS e um da coligação PSD/CDS-PP.

As eleições autárquicas estão agendadas para 12 de outubro.




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