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Numa moção, aprovada a 26 de setembro, os eleitos socialistas consideraram esta decisão de o Governo não incluir este estabelecimento de ensino na lista de financiamento, contraído junto do Banco Europeu de Investimento (BEI), “particularmente gravosa por ser a repetição de um padrão lesivo” e é um “claro sinal de desprezo pelo concelho de Odemira”.

No documento, divulgado esta quinta, os deputados eleitos pelo PS recordam que, em 2010, “uma obra de renovação já em curso na Secundária de Odemira foi abruptamente cancelada pelo então governo PSD/CDS-PP (à época integrados na coligação Aliança Portugal), deixando a escola num estado de limbo”.

“Agora, contra todas as expectativas e a lógica que ditaria prioridade às situações mais críticas, o atual governo PSD/CDS-PP (no âmbito da Aliança Democrática - AD) repete o mesmo erro, excluindo a ESO do pacote financeiro que o anterior governo do PS havia negociado. É incompreensível e inaceitável que, mais uma vez, um governo liderado pelo PSD prive a ESO de investimentos urgentes, perpetuando um ciclo de negligência partidária”, lê-se na moção.

Segundo os eleitos, que sublinham a resiliência e dedicação de toda a comunidade escolar, a Escola Secundária de Odemira apresenta “condições físicas degradantes – com infiltrações, salas desadequadas, instalações sanitárias obsoletas e espaços comuns a carecer de modernização”.

Além de repudiar esta decisão do Governo, a Assembleia Municipal de Odemira exigiu “explicações claras, detalhadas e urgentes ao Ministério da Educação sobre os critérios técnicos e políticos” para preterir uma escola com “carências amplamente conhecidas e documentadas”.

Apelou ainda ao Governo que “retifique imediatamente esta decisão, garantindo os fundos necessários e definindo um calendário exequível para o início das obras de requalificação global da Escola Secundária de Odemira”.

Na moção, aprovada por unanimidade, os eleitos reafirmam “que a renovação” desta escola “é uma necessidade premente e um investimento essencial no desenvolvimento da região”.

O documento será enviado para o primeiro-ministro, ministro da Educação, Direção Geral de Educação, grupos parlamentares da Assembleia da República, deputados eleitos pelo círculo de Beja.

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