Foto: DR

Na terça-feira, Dia de Portugal, um ator da companhia de teatro A Barraca, Adérito Lopes, foi agredido por um grupo de extrema-direita, em Lisboa, quando entrava para o espetáculo com entrada livre "Amor é fogo que arde sem se ver", de homenagem a Camões.

Num comunicado, publicado nas redes sociais, a Ajagato, que mantém relações fortes de cooperação e amizade com A Barraca, manifestou a sua total solidariedade para com a companhia de teatro que, "ao longo de meio século, tem desenvolvido um trabalho tenaz de criação artística, caracterizada pelos valores de abril".

E declarou ainda “o seu apoio fraterno a Maria do Céu Guerra, diretora da companhia, referência incontornável do teatro nacional e personalidade muito querida em todo o país, que sempre manteve uma atitude cívica exemplar”.

“Como sublinha Hélder Mateus da Costa no programa do espectáculo de evocação da vida e do legado de Luís Vaz de Camões, cuja sessão foi forçosamente cancelada na sequência deste vil acontecimento, “ um espectáculo do género histórico/poético não pode transportar cargas poeirentas e ultrapassadas. Homenagear os clássicos é modernizá-los e torná-los acessíveis ao público dos nossos dias”, notou.

Para a Ajagato, “nos tempos inquietantes que vivemos, não podemos pactuar com estes atos de regressão civilizacional, movidos pelo ódio, pela violência e de afronta à democracia e à liberdade”.


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