ETLA restringe uso de telemóveis nas salas de aula
A Escola Tecnológica do Litoral Alentejano (ETLA) vai restringir, a título experimental, o uso de telemóveis nas salas de aula para melhorar o rendimento escolar dos alunos.

Foto: DR
De acordo com a ETLA, trata-se de um “projeto piloto e experimental” que arranca na próxima semana e vai decorrer até ao final do ano letivo.
De acordo com Eduardo Bandeira, diretor da ETLA, a medida tem como objetivo combater a “utilização excessiva do telemóvel em contexto escolar”.
“Embora o nosso regulamento interno já restrinja o uso de telemóveis no espaço escolar, dizendo que o mesmo não pode ser usado na sala de aula, na verdade não havia uma assunção clara desta regra”, afirmou.
No entender do responsável, esta realidade “perturba não só o funcionamento da aula, como tem consequências na capacidade de aprendizagem dos alunos”.
Por isso, a direção da escola optou por “debater este assunto” e “avaliar [os] prós e contras” da implementação desta medida com a comunidade escolar.
Segundo Eduardo Bandeira, foram realizados “inquéritos personalizados” aos encarregados de educação e aos alunos, com resultados “muito claros” que apontaram para “a interdição dos telemóveis na sala de aula”.
Além da restrição ao uso do telemóvel nas salas de aula, foram ainda colocadas outras opções.
A “interdição do uso do telemóvel quer na sala de aula, quer nos intervalos, permitindo somente o seu uso no grande intervalo de almoço”, ou a “interdição total do uso do telemóvel na escola”, precisou.
Segundo o diretor da ETLA, este projeto-piloto vai permitir “testar a reação de alunos e professores”, com o objetivo de fazer, em setembro, “uma avaliação dos resultados” e “tomar uma decisão para o próximo ano letivo”.
Assim, a partir do dia 22 deste mês, os alunos, com idades entre os 15 e os 18 anos, “não poderão ter os telemóveis expostos” na sala de aula, podendo “guardá-los nos cacifos ou mochilas” ou colocando os dispositivos “numa caixinha, desligados e sem vibração”, salientou o diretor.
Para Eduardo Bandeira “não haverá resistência” por parte dos alunos a esta medida, uma vez que “estão conscientes que o uso do telemóvel perturba a aprendizagem e a aula”.
O diretor disse acreditar que “o rendimento dos alunos melhore com a menor distração na sala de aula, com melhor aproveitamento da aprendizagem que é feita nas salas de aula, laboratórios e oficinas” da escola profissional.
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