Dispositivo de combate a incêndios com 229 elementos, 55 veículos e meio aéreo na fase mais crítica no Alentejo Litoral
O dispositivo de combate a incêndios no Alentejo Litoral vai mobilizar, este ano, na fase mais crítica, um total de 229 operacionais, 55 veículos e um meio aéreo, revelou hoje a Proteção Civil.

Foto: DR
“Vamos ter um dispositivo mais musculado, refletindo o trabalho que tem sido feito na formação, com novos operacionais e capacitação dos operacionais existentes”, disse o comandante Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Litoral, Tiago Bugio.
O responsável falava aos jornalistas à margem da apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para este ano, que decorreu hoje no Auditório Municipal de Alcácer do Sal.
Segundo o comandante sub-regional, na fase Delta de combate aos incêndios florestais, entre 01 de julho e 30 de setembro, o dispositivo irá contar com 55 equipas em permanência, num total de 229 operacionais
Para o nível Bravo, que está a decorrer até ao final deste mês, esta região “já conta com 40 equipas de combate a incêndios” rurais, perfazendo um total de 164 operacionais, entre bombeiros e sapadores florestais.
No nível Charlie, entre 01 e 30 de junho, vão integrar o dispositivo um total de 193 operacionais, apoiados por 46 veículos.
Já na fase Delta, o “nível mais critico”, o dispositivo vai dispor de 55 equipas “dos diferentes agentes de proteção civil”, indicou.
Além da GNR, “que vai guarnecer o helicóptero e disponibilizar uma equipa terrestre”, integram ainda o dispositivo, entre outros, “os sapadores florestais, com sete equipas, os dez corpos de bombeiros” da sub-região e a AFOCELCA - Agrupamento Complementar de Empresas de Proteção Contra Incêndios, perfazendo um total de 229 operacionais.
“Estão também inseridas as Equipas de Reconhecimento e Avaliação da Situação que são projetadas, logo numa fase inicial, no teatro de operações para apoio” ao socorro, acrescentou.
De acordo com o responsável, o meio aéreo afeto a esta sub-região estará disponível, já a partir de junho, no Centro de Meios Aéreos de Grândola, mas o dispositivo conta ainda com três meios aéreos de apoio, situados no Montijo, Évora e Ourique.
Segundo o comandante sub-regional, o ataque inicial aos incêndios rurais continua a ser uma preocupação para os dez corpos de bombeiros, devido “às distâncias que os meios têm de percorrer” neste território.
Nesta região “70% da área territorial é floresta e as vias rodoviárias não permitem chegar tão rapidamente quanto devíamos ao teatro de operações”, disse Tiago Bugio, reconhecendo que há “um trabalho importante a fazer, com um ataque inicial musculado” e “com a mobilização dos meios aéreos”.
Em 2024 foram registados 144 incêndios rurais, a maioria das ocorrências no mês julho, durante a fase mais crítica, tendo o concelho de Alcácer do Sal a maior área ardida, com 141 hectares, e, Odemira, o concelho onde se registou o maior incêndio, que consumiu 36 hectares.
Entre 15 de maio e 15 de outubro de 2024, do total de 144 incêndios, 16 ocorreram em povoamento florestal, 65 em mato, 37 em zonas agrícolas e 26 resultaram de queimas de sobrantes que se descontrolaram.
A sub-região do Alentejo Litoral, que é composta pelos municípios de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines, no distrito de Setúbal, e Odemira tem uma área de 531 mil hectares e conta com 100 mil habitantes.
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